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Soldados, A Cavalaria

Exército Brasileiro

Soldados, a Cavalaria
É a sentinela avançada
Da pátria mãe que em nós confia
Para viver eternamente respeitada

Numa avançada, a cavalhada
Ousada e forte, não teme a morte
Nossos corcéis sabem que a glória
Só se conquista com a vitória no revés

Por isso, quando na peleja
A voz de carga se escutar
Em nossas mãos bem firme esteja
A heróica lança que a vitória há de nos dar

Nossas hostes sobranceiras
Das ofensas estrangeiras,
Defendem sorrindo, com júbilo infindo
A excelsa bandeira brasileira

Nossos esquadrões, são como leões
Não conhecem perigo, inimigo que os faça temer
Nossos soldados são denodados
Pela Pátria sucumbem com prazer - Uha!

Se no auge da batalha
Arrebentar uma metralha
E ferido o cavalo querido tombar
Mesmo assim nos redobremos
Com denodo pelejemos
Porque a glória então teremos de o vingar

Avante, Avante, bravos ufanos
Destemidos cavalarianos do exército audaz
E nas refregas, nas lutas cegas
Só de feitos heróicos é capaz - Uha!

Canção da Cavalaria

Exército Brasileiro

Teófilo Ottoni da Fonseca 

Arma ligeira que transpõe os montes,
Caudais profundos, com ardor e glória,
Estrela guia em negros horizontes,
Pelo caminho da luta e da vitória.

Cavalaria, Cavalaria,
Tu és na guerra a nossa estrela guia.

Arma de tradição que o peito embala,
Cuja história é de luz e de fulgor,
Pelo choque, na carga, ela avassala,
E, ao inimigo, impõe o seu valor.

Cavalaria, Cavalaria,
Tu és na guerra a nossa estrela guia.

Montado sobre o dorso deste amigo:
O cavalo que, altivo, nos conduz,
Levamo-lo, também, para o perigo,
Para lutar conosco sob a cruz.

Cavalaria, Cavalaria,
Tu és na guerra a nossa estrela guia.

De Andrade Neves o Osório, legendário,
E outros heróis que honram a nossa história,
Evocamos o valor extraordinário
Pelo Brasil a nossa maior glória!

Cavalaria, Cavalaria,
Tu és na guerra a nossa estrela guia.

Oração do Cavalariano

Se ao teu corcel não cedes o lugar
Para de ti depois, então, cuidar
Embora te domine o sofrimento;


Se não te agradas, ao menos um momento,
Com as tradições heráldicas fremir
Das cargas que deixaram de existir;


Se não te orgulhas de empunhar a lança,
Que Osório fez credora de esperança
Na conquista suprema da vitória;


Se não te queres embriagar na glória
De, antes de todos, ir para o inimigo,
Infiltrar-te isolado no perigo,
Reconhecer para informar, cobrir
Retardar, envolver, perseguir;


Se, por estares no motor montado,
Julgas haver-se o velho ardor quebrado
Se rei não és do campo na amplidão,
Se te faltas a coragem de um leão
E o penetrante olhar da águia não tens,
Quando a caminho para luta vens,
Digo-te então:
Erraste a vocação!


Para trás! Chora em vão teu desengano!
Não serás nunca um CAVALARIANO!

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